domingo, 11 de novembro de 2012

A ARMADILHA.

Senti o corpo de Selena amolecer em meus braços e entre um murmurio lamentou:
-Meu trabalho termina aqui capitão! Cuidado com sua ira! tanto pode ser a salvação do mundo livre como o trunfo de Samael! 
Uma forte luz branca como a neve das terras altas cegou-me por alguns instantes e quando recuperei a visão, o corpo de Selena havia desaparecido. Centenas de pontos de luzes brilhantes iluminavam as sombras de Nadal espalhando-se como vaga-lumes. Um doce perfume pairava no ar. Selena partira para as terras sagradas de Sonja.
Por algum tempo eu tive uma sensação de paz de espirito. Eu sentia apenas um pesar enorme pela perda de Selena. Eu prometera a Sonja que a traria de volta, mas não foi possível evitar sua perda! A gargalhada estridente de Isadora me fez despertar dos meus pensamentos. olhei em sua direção e vi sua impressionante beleza: De cabelos longos e negros com a mesma estatura de Wanda, Isadora se divertia com meu sofrimento.
- Então Luciano de Avroz! - Sua voz firme e estranhamente rouca, era de uma sensualidade profana- O verme humano foi promovido a Semi-Deus! Minha Irma adora me provocar!
-Me chame pelo meu titulo de guerra, cadela assassina!- rosnei- Terei enorme prazer em arrancar suas vísceras!
Agarrei meu escudo e fui em sua direção ao mesmo tempo em que ela se transformara novamente em um cervo negro fugindo entre a escuridão da floresta de Nadal. Corri em seu encalço com sede de vingança. Fui me aprofundando cada vez mais na floresta , esquecendo-me de minha missão. Quando cheguei em um ponto onde a floresta negra desaparecia e havia apenas rochas escarpadas de um solo negro e pegajoso, avistei um castelo onde Isadora entrara.
Um punhado de criaturas medonhas faziam a guarda do castelo e prontamente me atacaram. Eu os matei com facilidade. Entrei no castelo com sede de vingança, vendo que o brasão do meu escudo estava de um azul celeste permanente. Eu entrara na toca do lobo e estava sozinho.
-Apareça Isadora!- gritei- seu fim esta próximo!
Apenas gargalhadas como resposta, que ecoava pelo enorme salão de entrada do castelo.
O silencio era quebrado apenas por rugidos aqui e acola. O castelo de um negro profano era frio e úmido.  Logo apos a entrada, havia um simbolo desenhado no piso , muito semelhante ao brasão do clã de Sonja com escritas muito antigas ao qual eu não compreendia. 
Tanto na extremidade esquerda quanto na direita havia uma longa escadaria de granito negro que provavelmente conduziria ao níveis superiores do castelo.
Astomatus (img web)

Pentáculo (img web)
Astaroth (img web)
Imagens e estatuas profanas decoravam aquele salão gigantesco. " cuidado com sua ira! ela pode ser a salvação do mundo livre ou o trunfo de Samael!" lembrei o que Selena falara pouco antes de falecer e me dei conta que estava sozinho... sem o apoio de minhas batedoras!