domingo, 11 de novembro de 2012

A ARMADILHA.

Senti o corpo de Selena amolecer em meus braços e entre um murmurio lamentou:
-Meu trabalho termina aqui capitão! Cuidado com sua ira! tanto pode ser a salvação do mundo livre como o trunfo de Samael! 
Uma forte luz branca como a neve das terras altas cegou-me por alguns instantes e quando recuperei a visão, o corpo de Selena havia desaparecido. Centenas de pontos de luzes brilhantes iluminavam as sombras de Nadal espalhando-se como vaga-lumes. Um doce perfume pairava no ar. Selena partira para as terras sagradas de Sonja.
Por algum tempo eu tive uma sensação de paz de espirito. Eu sentia apenas um pesar enorme pela perda de Selena. Eu prometera a Sonja que a traria de volta, mas não foi possível evitar sua perda! A gargalhada estridente de Isadora me fez despertar dos meus pensamentos. olhei em sua direção e vi sua impressionante beleza: De cabelos longos e negros com a mesma estatura de Wanda, Isadora se divertia com meu sofrimento.
- Então Luciano de Avroz! - Sua voz firme e estranhamente rouca, era de uma sensualidade profana- O verme humano foi promovido a Semi-Deus! Minha Irma adora me provocar!
-Me chame pelo meu titulo de guerra, cadela assassina!- rosnei- Terei enorme prazer em arrancar suas vísceras!
Agarrei meu escudo e fui em sua direção ao mesmo tempo em que ela se transformara novamente em um cervo negro fugindo entre a escuridão da floresta de Nadal. Corri em seu encalço com sede de vingança. Fui me aprofundando cada vez mais na floresta , esquecendo-me de minha missão. Quando cheguei em um ponto onde a floresta negra desaparecia e havia apenas rochas escarpadas de um solo negro e pegajoso, avistei um castelo onde Isadora entrara.
Um punhado de criaturas medonhas faziam a guarda do castelo e prontamente me atacaram. Eu os matei com facilidade. Entrei no castelo com sede de vingança, vendo que o brasão do meu escudo estava de um azul celeste permanente. Eu entrara na toca do lobo e estava sozinho.
-Apareça Isadora!- gritei- seu fim esta próximo!
Apenas gargalhadas como resposta, que ecoava pelo enorme salão de entrada do castelo.
O silencio era quebrado apenas por rugidos aqui e acola. O castelo de um negro profano era frio e úmido.  Logo apos a entrada, havia um simbolo desenhado no piso , muito semelhante ao brasão do clã de Sonja com escritas muito antigas ao qual eu não compreendia. 
Tanto na extremidade esquerda quanto na direita havia uma longa escadaria de granito negro que provavelmente conduziria ao níveis superiores do castelo.
Astomatus (img web)

Pentáculo (img web)
Astaroth (img web)
Imagens e estatuas profanas decoravam aquele salão gigantesco. " cuidado com sua ira! ela pode ser a salvação do mundo livre ou o trunfo de Samael!" lembrei o que Selena falara pouco antes de falecer e me dei conta que estava sozinho... sem o apoio de minhas batedoras!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O ANJO DA MORTE.

Não estava com medo. Eu sentia apenas ódio. A cada passo que Fobuz dava o chão estremecia!
Com seus quatro cornos e seu tamanho titânico  Fobuz era uma criatura medonha. Criador de Ariel e outros demônios errantes, era  muito próximo de Samael.
-Tua alma sera consumida pela minha ira!- rugiu- Verme insignificante! 
-Tu é tão valente com quem revida, besta miserável? - Resmunguei abaixando meu elmo, que ostentava as asas de Nadael! Coloquei o meu escudo para proteger Selena e  orientei:
-Não saia dai! Nada vai acontecer contigo!- Selena soluçava. Parecia sentir muita dor.
-Como se atreveu a matar minha cria verme humano?- O monstro partiu para cima de mim. Para o seu Tamanho, sua agilidade era impressionante. Esquivei-me com facilidade e o levei para longe de Selena. Entre a clareira e a floresta negra e pegajosa, notei que outrora onde estávamos fora uma construção, talvez um castelo. Agora, o que restava era apenas ruínas.  Criaturas malignas espreitavam o combate não se atrevendo aparecer diante de min ou de Fobuz.
-Seu filho de nome Ariel teve o destino traçado por desafiar o Criador Supremo!- Bradei- Agora fara companhia a Ariel nas profundezas do inferno, Príncipe das sombras! 
A besta possuía uma especie de tacape com fios de todos os lados. A cada golpe que dava, uma labareda de fogo surgia em minha direção, fazendo com que eu ficasse constantemente em movimento. O tamanho colossal de Fobuz era também seu ponto fraco. Desajeitado não tinha como acertar seu golpes, diante de minhas esquivas. Com um giro de corpo eu saltei em frente ao seu corpo gigantesco e decepei seu braço esquerdo! A fera rugiu e com olhos arregalados me contra-atacou com seu tacape. Eu bloqueei o golpe com minha espada e  ataquei-o com um forte murro em sua horrenda face! Ele tombou ao chão estremecendo o solo. Com um salto eu enterrei minha espada em seu peito, ate o cabo!
A fera rugiu e desferiu uma bofetada em mim me atirando longe. 
-Impossível!- disse incrédulo-  Só um Semi-Deus teria força o suficiente para me afrontar desta forma!
-Tenho em minhas veias, o sangue de Nadael! Besta maldita!- confessei a Fobuz me erguendo .
Alevantei  meu elmo mostrando meu rosto a fera que se erguia cambaleante, ensanguentada. Amputei seu braço esquerdo na altura do cotovelo. O sangue escuro e fétido brotava do ferimento em seu peito. Como Ariel, eu percebia que seu braço estava se regenerando com rapidez e Fobuz tentava ganhar tempo.
-Maldita Tesadora!- Rosnou- Sem o sangue de sua filha você estaria morto, verme humano!
-Sem duvida!- Constatei calmamente. Minha espada cairá a alguns metros adiante. Eu caminhava tranquilamente em direção
 a fera que mal conseguia ficar em pé.
- Mas saiba que derrotei Ariel com meus punhos! Mas tu sentiras a lamina da espada sagrada de Tesadora!- eu sentia que meus poderes aumentava a cada instante.
- Samael ira castigar Sonja e Tesadora! - Eu percebia o medo da criatura- A ira de Lúcifer sera implacável!
Eu estiquei meu braço em direção da minha espada que estava alguns metros adiante e a mesma apareceu em meu punho, como um passe de magica!
-A minha tambem !- disse  a besta ao mesmo tempo em que eu o decapitava.
Com uma explosão de raios e ventos o que restou do corpo de Fobuz incendiara!  O vale inteiro estremeceu! Milhares de olhos vermelhos surgiram entre as sombras! Todos o demônios  que ali estavam gritavam de dor! Rosnavam! Eu sabia que eles não me enfrentariam. Eram fracos e covardes como chacais.
Fui até onde estava Selena e a cobri com o manto que Cintya me dera. Ela me olhava com tristeza.
Colocou a mão em minha face esquerda e sussurrou: 
-Não tenhas tanto ódio meu Capitão!- Ela era uma criatura divina.-  Esse sentimento nos cega!
-Sei disso Selena!-desabafei- Mas, as vezes não se tem alternativas!
Ela sorriu conformada quase ao mesmo tempo que uma seta negra perfurava-lhe o peito!
-Não!-bradei- Não! 
Isadora (img web)

Argus (img web)
Com uma Gargalhada estrindente , o cervo negro de olhos vermelhos toma forma de Isadora, Rainha das trevas! Irma profana de Tesadora! Sexta mulher de Samael!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

NO VALE DAS SOMBRAS.

Chegamos no ponto demarcado por Wanda pouco antes dos primeiros raios de sol aparecerem no horizonte.
-Desmontar!- falei para as guerreiras- Cintya, amarre as montarias naquele ponto, peguem as armas e água!
-Sim meu Capitão!- era estranho ouvir meu novo titulo. Não estava ainda acostumado com meu posto de capitão de batedores.
-Devemos subir as escarpas pelo lado norte, com o sol em nossas costas!- disse-me Gurko- apos aquelas escarpas começa o vale das sombras, terras de Nadal.
Eu tenho um mal pressentimento- murmurou Valkiria- sinto cheiro de morte!
-Eu também não to me sentindo a vontade- confessei- atentos a tudo que nos cercam. Vamos! Temos pouco tempo! 
Começamos a dura escalada pelas escarpas do lado norte, com muita dificuldade. Levamos quase duas horas para transpor o paredão e quando chegamos no topo do plato ja era dia. O sol refletia em minha armadura prateada e as vezes cegava as minhas batedoras!
- Tome minha capa capitão- Tamil entregou-me a sua capa preta que servia de proteção tanto para a chuva como para o sol. - Sua armadura vai acabar nos denunciando!
-Por Tesadora! - disse- as lacaias poliram com esmero!
Ao chegar no plato, vimos que tinha duas trilhas seguindo em direção opostas. Gurko avaliava a situação farejando o ar em volta, hora sibilando sua enorme língua.
-Este é o limite!- falou olhando ao redor. O silencio era absoluto.- Qualquer trilha que seguirmos vai dar inicio ao Vale das \sombras. Aqui começa as terras profanas de Nadal.
-Vejam!- sheeva alertou- Rastros! 
Gurko analisou, farejou e os meus temores foram confirmados.
-Sem duvidas! Gorgons!- balbuciou vasculhando a terra.- Capitão! Veja isso!
Gurko me entregou um pingente. Pequenino e delicado, com o desenho de um pássaro.  Tudo indicava que pertenceria a Selena.
- Os Gorgons devem ter capturado Selena neste local, enquanto ela se decidia qual das trilhas seguir!-constatei temendo o pior.
-Se os Gorgons a pegaram, poucas esperanças temos em encontra-la viva-falou sheeny.
-Eles estão a espreita! Esperando por Nos!- temia Valkiria.- Devemos abortar a missão!
-Vamos adiante!- ordenei- Ja lidamos com os Gorgons antes! Precisamos saber o que Samael esta tramando e se Selena esta de fato viva! 
-Por ali!- apontou Gurko. Seguimos desconfiados e atentos pela trilha da esquerda. A medida que avançava-mos a paisagem mudava drasticamente. Rochas secas e arbustos esquálidos e ressecados. Em alguns trechos havia uma lama preta e pegajosa que grudava em nossas botas. O cheiro fétido era palpável! A cada passo que dávamos, uma neblina sufocante se espalhava entre nós. O sol sumira. As sombras engolia todo o vale. Eu olhava para meu escudo pra ver se o brasão pulsava, alertando alguma presença maligna! Nada! Alguns pássaros estranhos e pretos como a noite grasnavam, aqui e acola. A bruma ficava cada vez mais espessa, e mais sufocante.
- Atento para emboscadas!- sinalizei- Senti alguma coisa no ar?-perguntei a Gurko apreensivo.
-Nada! Só um péssimo pressentimento!- resmungou a fera. A nevoa ficara tão espessa que eu não conseguia ver Gurko ao meu lado e nem as outras guerreiras.
-Alto! Tamil pegue a corda!- ordenei. 
-Sim meu capitão!-  a voz de Tamil estava muito longe e eu percebi que tinha que agir  rapidamente!
-Gurko fique com as guerreiras!- Eu sabia que Gurko não precisava do sentido da visão para se orientar.
-Não se afaste muito! Não estou sentindo teu cheiro!- A voz de Gurko estava  muito longe.
Continuei seguindo em frente tendo certeza de que Gurko estaria com as guerreiras.
-Gurko você esta no comando!- declarei- Se eu não voltar em duas horas voltem pro acampamento e digam a Wanda que se preparem!
-Sim meu Capitão!- A voz de Gurko era apenas um sussurro. Parecia que estava a milhas de distancia! Olhei para os lados e não conseguia ver coisa alguma! A nevoa era sufocante e fria. As sombras pregavam peças aos olhos, produzindo formas aterradoras e malignas!  Tropecei em um ceifo de raiz e cai ao solo. Era impossível ver alguma coisa se quer naquela névoa espessa. Coloquei meu escudo apoiado no chão para verificar meu tornozelo. Estava um pouco inchado mas nada de tão grave. Escutei passos logo a frente e me ergui rapidamente com espada em punho. Caminhei alguns passos na direção do possível oponente imaginando que a qualquer momento seria atacado por uma criatura medonha, um Gorgon ou um demônio errante.
-Mas que diabos!-Sussurrei. Era um Cervo, com enormes galhadas  Negro como a noite e com olhos vermelhos. Me encarou por uns instantes e seguiu seu caminho. Eu não gostei. Me virei para buscar meu escudo e foi então que Ela apareceu pela primeira vez em minha vida. Estava ao lado do meu escudo, sorrindo para mim como se sorri para uma criança que faz o dever de casa com presteza!
-Vejo que meu presente esta te servindo bem!- Sonja como Nadael falava em minha mente sem mover os lábios. Sua beleza era indescritível  De olhos de um azul celeste e rosto singular, ficara em meus pensamentos até o fim dos meus tempos. Cai de joelhos sem saber o porque. Não Conseguia falar e nem me mover. O perfume que exalava do seu corpo celestial, era intenso e impregnava o ar fétido de Nadal.
-Mesmo sendo uma Deusa, não posso ficar por muito tempo nas terras de Nadal. Preciso que liberte Selena! Teu escudo te indicara  o cativeiro em que ela esta. Cuidado com Isadora! Ela tem poderes acima de sua compreensão. Seu ponto fraco é a sua vingança. Samael pretende libertar os titânicos de Nadal. Va e cumpra seu destino, Luciano de Avroz! - a nevoa começava a envolvela.
- Lembre-se do que foi dito: " a chave da vitoria não esta no presente ou no passado! Nem no futuro! Esta no presente!
-Minha Deusa!- supliquei, mas a nevoa lhe tomou por todo. Eu estive na presença da Deusa Sonja e jamais me esqueceria daquele raio de luz em meio as Sombras das terras profanas de Nadal. Eu tinha que libertar Selena. O meu escudo pulsava com aquela luz azulada da cor dos olhos de Sonja.
Peguei ele e conforme eu apontava para alguma direção ele pulsava mais rápido  Segui na direção em que ele pulsava freneticamente e o que eu vi me deixou revoltado. Selena estava em uma clareira machucada, nua e mesmo assim fadas magicas lhe faziam companhia como que a protegera das nefastas criatura que a cercavam. Aquele ser angelical, que apesar de ter sido torturado, humilhado e aprisionado naquele ambiente maligno... cantarola-va! Uma canção linda de felicidade eterna! Eu nunca sentira tanto ódio em minha vida! Todo guerreiro esta pronto para atos de tortura quando aprisionado, mas Selena era uma criatura doce, que mesmo sendo torturada, não se permitia odiar pelo simples fato de desconhecer esse sentimento! Rasgaram a pele dela, desenhando o brasão de Sonja em sua coxa, como sinal de escarnio e humilhação!
-Malditos profanos!- Gritei! Selena começou a chorar e me disse:
-Seu ódio me machuca, Capitão Ushoy!- As pequeninas fadas fugiram desesperadas. 
-Lamento Selena!- bradei- mas... EU NÃO SOU SANTO! 
Minha armadura começou a mudar drasticamente. Minha espada, outrora de Tesadora, mudou completamente entre feixes de luzes e rajadas de vento!
-Esta feito mãe!- Soluçou Selena- O anjo da morte esta preparado! Que Sonja nos proteja!
-Isadora! Apareça!- eu estava fora de min- Aquele que matou Ariel, senhor profano destas terras, exige sua presença! Peguei Selena pela braço e postei-a atraz de min.
Fobuz, Senhor das trevas( img web)

A mensagem de Sonja (img web)
o cativeiro de Selena (img web)
Luciano de Avroz, O anjo da morte( img web)
-Antes de ter com Isadora, tera que passar por mim, maldito guerreiro de Sonja!- Surgiu em meio as sombras, Fobuz ,  senhor das sombras. Pai de Ariel, o profano de Nadal!






terça-feira, 16 de outubro de 2012

OS BATEDORES.

Muita coisa se encaixava agora em minha cabeça. Sendo Lord McMonti um Gigante, da 5 geração titânica,  era natural que suas filhas fossem enormes como Mirna ,Wanda , Valkiria e outras. Cintya, a mais baixa de todas , ainda era quase 30 centímetros mais alta do que eu.
Também explicaria as personalidades que , ora muito próximo de McMonti , ora muita calma como a de Kia , Tamil e as Gêmeas!
-Muito interessante!- disse pensativo- quantas irmas voce tem! 180!
Brasão de Gurko (img web)

Isadora de Nadal (img web)

As terras de Nadal (img web)
-Na verdade somos em 205 irmas! Mas Cassandra não permitiu que as sacerdotisas de Sonja e os meninos participassem. - falou Mirna limpando o pouco de vinho que escorrera no queixo.
- Mas que diabos!- suspirei- Como McMonti Lembra de todos os nomes?
Mirna deu uma estrondosa gargalhada. Me parecia mais a vontadade , talvez até mais aliviada.
- Ora nanico! Quando ele Não lembra do nome ele apenas chama de guerreira!
Vindo ao nosso encontro, Erika , uma enorme guerreira loira, magnifica lanceira, apressou em comunicar:
-Capitão Ushoy! Lord McMonti quer que esteja com ele urgentemente!- estava um tanto excitada.
-Grato Erika!- me ergui de imediato- Mirna, continuaremos nossa prosa mais tarde. Vou ter com meu Lord!
Despedi-me das guerreiras e rumei para tenda de McMonti. O Gigante estava com outra túnica de linho em Preto. Ele estava estudando o grande mapa com entusiasmo.
-Que Crow me carregue nanico!- Falou alegremente. Sua voz  ecoava por toda a tenda. - O que Samael esta tramando? Demônio dos infernos! Sombra Renegada do Criador!
-Não faço ideia meu Lord- disse sinceramente- Certo que esteja tramando algo.
-Tenho certeza disso.- ele olhou-me com atenção- Samael esta fraco com a perda de LiLith, Belzebu e Ariel, mas não o impede de  estar tramando um grande contra-ataque. Sabemos que para ter acesso aos 5 Reinos livres ele terá por obrigação transpor nossas posições! Veja isso:
Me aproximei da mesa e tive que subir em um mocho para poder visualizar o mapa por completo.
-Aknaton e Dùroses me falaram que as tropas de Samael estão estacionadas por aqui.  As terras sombrias de Nadal. Cassandra me disse que um enviado de Sonja foi enviado para saber seus planos mas não retornou até o momento. 
McMonti mais pensava alto do que falava comigo, absorto em seus pensamentos e cálculos estratégicos  Wanda entrou em sua tenda sem fazer se anunciar. A enorme guerreira completamente fardada disse secamente:
-Meu Lord, não temos mais tempos com estudos, temos que agir!- virou-se para mim e sentenciou :
-Capitão Ushoy, forme um grupo de batedores e venha ter comigo em minha tenda o mais rápido. Avia-te!
-Sim meu General!- girei nos calcanhares e fui ter com Gurko, nossa batedora suprema. 
Encontrei a fera com Tamil e Cintya. Estavam descaçando perto de uma fogueira em frente a tenda de Valkiria.
-Gurko! precisamos formar um grupo de batedores com presteza!- falei entusiasmado- Onde estão Sheeva e Sheeny?
- Estão dormindo meu Capitão- apressou em dizer Tamil- Nas suas tendas!
-Acordem elas! Quero todas prontas! Voces duas também! - Onde esta Valkiria?
-Seu turno de sentinela começou a pouco- Falou Gurko- O que esta acontecendo?
-Quero ela, substituam por Tânia ou Maia. Provisões para dois dias completos. Pegue meu escudo em minha tenda. Venha comigo Gurko. 
Fomos a tenda de Wanda. McMonti estava ponderando com Mirna e Hilda.
-Capitão Ushoy- chamou Wanda- Por aqui! 
Me aproximei da mesa de Wanda. Outro mapa estava disposto na mesa com algumas anotações em seu curso.
-Eu quero que descubram o que Samael esta tramando- disse Wanda- e se possível  o que houve com Selena, mensageira de Sonja! Ela não retornou de sua missão. Falta duas horas apenas para amanhecer. Separei as melhores montarias. Se aviem.
Wanda entregou-me e trocou algumas ideias com Gurko e saímos rapidamente para darmos inicio a nossa missão. Com tudo pronto estávamos a todo galope rumo a posição que Wanda determinara. Minha primeira missão como Capitão de batedores! O que teria acontecido com Selena?

sábado, 13 de outubro de 2012

A REVELAÇÃO.

"Acorde!" Eu escutei em meus pensamentos. Era madrugada a dentro e eu estava deitado com as guerreiras. Eu cobrara meu tributo como deveria de ser,e tudo se transformou em uma grande festa. "Acorde!" Mais uma vez eu escutava meus pensamentos. Levantei me silenciosamente e vesti minha armadura. Eu estava inquieto. Deixei as quatro guerreiras dormindo pesadamente em minha tenda e fui para fora, respirar o ar frio da madrugada. As Sentinelas me cumprimentaram com deferência ao me avistar. Fui ate os suprimentos e tomei alguns goles de água e peguei um pedaço de javali e comecei a devora-lo. Caminhando a esmo pelo acampamento eu avistei a enorme cabeça de Ariel espetada numa lança, virada para direção das hordas. Serviria não só como um cruel aviso aos demônios, mas também como um sangrento troféu!
Os olhos de Ariel estavam cheios de insetos e eu sentia o cheiro de carne putrefata. 
Sem pensar, com minha espada eu cortei com um só golpe a lança, jogando a cabeça na fogueira.
Com estalos e labreadas, a mesma queimou com facilidade, exalando um cheiro sufocante.
Então eu avistei um vulto saindo da tenda de Lord McMonti. Apurei minha vista e constatei que era uma mulher...uma bruxa! Achei curioso e estava pensando em ir a tenda de McMonti quando escutei alguém dizer:
- Ora,ora ora! Se não é o nanico! Ou eu deveria dizer Capitão Ushoy!-A  enorme Mirna estava sentada na em frente a tenda de Wanda, pitando seu cachimbo.
-Não me importa como tu me intitula, não zombando das Deusas é o que importa!- Disse sorrindo me aproximando dela- Quem é a bruxa?
-É  Cassandra.- Ela demonstrava estar pouco confortável.
-O que ela estaria fazendo na tenda de McMonti? Se conhecem a tempo? - falei não tendo como esconder minha curiosidade.
-Devem se conhecer a uns duzentos anos, mais ou menos. -parecia não querer mais tocar no assunto- me diga como foi o pagamento do tributo, divertiu-se?
- Não é importante...vo da uma volta- disse me afastando em direção a tenda de McMonti.
-Se eu fosse voce não iria até la- disse Mirna abruptamente- McMonti fica de Mal humor quando se encontra com Cassandra.
-Como tu sabes?- indaguei desconfiado- Conhece a bruxa?
-É claro, é minha mãe!- Ela disse dando baforada do seu cachimbo. Ergueu-se e pegou um pouco de vinho. Tomou uma taça inteira de um so gole.
-O que sua mae poderia querer com Lord McMonti?- eu tentava entender.
- Ora, ela é a mulher dele!
Eu não poderia estar mais estupefato! Lord McMonti era Pai de Mirna! Que curioso!
-Então ele é seu Pai?- falei incrédulo. 
-Meu  e de todas as Guerreiras!-encheu a sua taça com mais vinho e deu a min. Ela bebia agora direto do tarro.- Cassandra é a nossa mae e nosso Lord o nosso Pai. Wanda é a primogênita e eu sou a segunda. Wanda tem 127 anos e eu 121!
Cassandra (img web)

Mirna (img web)

Tamil (img web)

Lord McMonti (img web)
Por isso eu fora considerado o segundo varão! Por isso eu nunca vira McMonti se divertindo com nenhuma das guerreiras, só com as Lacaias! As guerreiras eram suas filhas!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

PAGANDO O TRIBUTO.

Deitei me em minha tenda logo apos dispensar as lacaias que poliam minhas peças de guerra. Eu me sentia muito bem  e adormeci rapidamente. Um sono pesado e sem sonhos. Pouco antes de meia noite se passar, acordei-me com o som de um canto um tanto melancólico. Reconheci a voz doce de Kia. A musica de sua lira era sublime e a letra contava uma historia de perdas e sacrifício, 
mas que o final dava-nos esperança de uma nova vida.
Coloquei minha túnica costumeira de linho pardo, sem alças e fui escutar de perto essa canção tão linda. Quando abri a tenda o que avistei me deixou pasmo: Todas as guerreiras estavam com suas armaduras de guerra imaculadamente polidas e limpas, impecáveis.
Se postavam na entrada de minha tenda em duas filas uma de frente para outra com suas espadas erguidas para o alto, formando um arco. No final do " túnel de guerreiras" , Lord McMonti com sua Armadura totalmente polida de um dourado reluzente e sua enorme espada posta em sua frente fincada no chão, dando apoio a suas mãos, sorria e me olhava atentamente.
-Mas que diabos...- resmunguei sem completar.  Perto da entrada da tenda sheeny na esquerda e sheeva na direita olhavam fixamente uma para outra sem piscar, assim como todas as outras guerreiras.
Wanda surgiu ao lado de McMonti com sua garbosa armadura e pronunciou:
-Saudamos aquele que derrotou o titânico chamado de Ariel, o profano de Nadal. Príncipe das Hordas do obscuro reino de Nadal. Irmão de trevas de Samael e tirano do mundo livre. Doravante, por ordens expressas de Lord McMonti, Senhor absoluto do Clã dos McMonti, é reconhecido como pertencente ao Clã do mesmo e protegido pelo nosso Lord e por todas suas guerreiras.
Eu ainda não tinha me apercebido da grandeza da situação. Wanda continuou:
- Sera consagrado como segundo varão do Clã e ordenado Capitão do grupo de batedores!- eu estava impressionado com  a postura das guerreiras. O gigante Lord me fitava divertindo-se.
-Aquele que era conhecido entre nós como "nanico" , doravante sera intitulado com seu nome de nascimento de Luciano de Avhoz ou com seu titulo de guerra :  Capitão Ushoy!
Considerando que a quatro dias atraz eu estava me mijando pernas abaixo, era promissor minha nova posição no seio daquelas guerreiras e pelo conceito de McMonti. Na verdade eu acreditava que tudo não passava de uma grande brincadeira de McMonti. Provável que pela manha tudo estaria como antes, eu o nanico seria o sempre nanico!
-Capitão Ushoy, tem algo a dizer?- Bradou McMonti.
- Isso é bom...- disse desconfiado.
-Que se pague o tributo ao Capitão Ushoy! - Sentenciou Lord McMonti.
Pelo corredor de guerreiras,  entrou Maia, Rita e Tânia  Elas estavam vestidas com Túnicas branca como a neve e com os pés descalços. Seus Cabelos longos e caprichosamente escovados, estavam enfeitados com flores silvestres. Não lembravam em nada as guerreiras que eu duelara a poucas horas.
Entraram em minha tenda caladas e de cabeça baixa. Logo apos elas entrarem as lacaias apareceram trazendo frutas, aguá e vinho se retirando rapidamente. 
Com um toque da trombeta de Javea, as guerreiras começaram a se retirar ordenadamente, assim como McMonti. Kia voltou a tocar outra canção agora um tanto mais animada.
Entrei para tenda e vi as trez em pe lado a lado. Todas tinham meio metro a mais do que eu. Pareciam que estavam em uma cerimonia de sepultamento.
- Capitão ushoy- Falou Tania- Cobrara seu tributo com as trez ao mesmo tempo ou separadas?
Deu uma gargalhada divertida. Elas se entreolharam sem saber o que fazer. Sai da tenda e chamei  
Kia. Kia entrou em minha tenda. Dei-lhe uma taça de vinho e disse:
-Kia minha amiga, toque uma musica alegre!- disse acedendo um belo cachimbo que ganhara de Mirna. Kia começou a tocar animadamente enquanto eu servia vinho as trez guerreiras desconfiadas. Me deitei nas almofadas confortavelmente e disse entre uma baforada:
Maia( img web)

Rita( img web)

Tania (img web)
- Dancem!- sorri para elas- Dancem como guerreiras em cima dos corpos dos derrotados!

O BANQUETE, MINHA VITÓRIA!

Quando terminaram os preparativos para o duelo com as trez guerreiras, eu estava saciado e tomava um grande gole de vinho. Eu limpava minhas mãos em pedaço de pano enquanto Mirna orientava-me para me postar na arena improvisada. 
McMonti sentado em seu imenso trono que os lacaios carregaram até a posição privilegiada , devorava um javali divertindo-se com Gurko e Wanda.
-Comecem!- Disse McMonti.
-Meu Lord eu gostaria de contar uma história...- mal comecei a falar e Tânia  a guerreira que se prontificou a ser a primeira no duelo atacou-me com violência gritando:
-Va contar histórias para Sonja, seu velhaco!
Era tão estranho o que estava acontecendo. Tânia era meio metro mais alta do que eu e muito forte, mas eu desviava dos seus golpes com facilidade. Tinha a impressão que ela me parecia uma lesma.
-Vamos ver ate onde Sonja vai te proteger nanico, Por Tesadora , você não merece usar a espada sagrada da criadora de Tesadina!- Tânia chegava a se babar de tanta raiva.
Eu comecei a me encher daquela situação e quando ela atacou pela esquerda eu esquivei- me com facilidade e deu um murro em seu rosto acertando o queixo dela. Ela revirou os olhos e tombou ao chão como uma estatua. 
As guerreiras, que vibravam com seus ataques contra min, se calaram. Eu só escutava as gargalhadas de McMonti
-Uma ja foi nanico!-falou tomando um gole de vinho-Próxima!
Mal tiraram Tânia do local da batalha e Rita avançou em direção que nem um touro enfurecido.
Desviei de um golpe, bloqueei outro e acabei levando um murro dela em meu rosto. Foi como se eu tivesse levado um tapinha de um bebe. Quando me atacou novamente com o bastão eu o quebrei com minhas mãos e dei um tapa em seu rosto que a fez cair. 
-Desista Rita-falei firme- não quero te machucar!
O efeito de minhas palavras foi devastador para o orgulho daquela guerreira. Ela avançou com os punhos em minha direção tomada de fúria, o que tornou minha tarefa mais fácil. 
Eu dei duas bastonadas em sua cabeça e uma estocada em seu estomago, finalizando com um murro em sua cabeça. Perdeu os sentidos, com alguns espasmos na perna direita. Isso fez com que as guerreiras ficassem impressionadas.
-Próxima
!-gritou McMonti de boca cheia. Faltava Maia. Ela parecia incrédula e desconfiada. Eu começava a me sentir mal como previra Mirna.
- Com mil demônios nanico- Maia estava com outro bastão  Que bruxaria Sonja te ensinou? Nem pareces o mesmo mijado de dois dias atraz! 
-Não to me sentindo muito bem Maia, não quero te machucar. Desista.- eu sabia que surtiria o efeito desejado. Ela venho em disparada eu me esquivei dando um golpe rasteiro nela que a fez tombar grotescamente. Quando ela tentou se erguer eu dei um murro em seu queixo. Acabou. 
Todos fizeram silencio. McMonti sorria tomando vinho dando alguns ossos para Adak, um Lobo gigantesco cimeriano.
Consegui arrotar. Após faz-elo me senti melhor.  Caminhei em direção a Mirna que pitava seu cachimbo pensativa sem demonstrar seus sentimentos. Sentei-me ao seu lado tomando seu cachimbo e dando uma pitada profunda. Ela não disse nada. todas estavam em silencio, pensativas e admiradas.
-Quando me enviaram ate vocês  eu era apenas um cuteleiro. Por algum motivo Cassandra disse a Lord McMonti que eu era o escolhido- comecei calmamente- Não sabia nada de demônios ou lutas, batalhas e muitas mortes. Devo minha vida a todos vocês e a Tesadora e Sonja. Eu sou o escolhido. Considero todas minhas irmas de guerra, mas eu vos lhe digo: Qualquer uma de vocês que zombarem de Sonja ou Tesadora, ou falarem qualquer bobagem sobre As Deusas do mundo livre, vão ter comigo. E eu vou cobrar o direito do guerreiro, hoje e sempre!
Fui ate o meu cavalo e peguei a sacola onde estava a cabeça de Ariel, o profano de Nadal e joguei no chão próxima das guerreiras. ouviram-se exclamações de espanto e um burburinho geral entre as guerreiras.
Adak (img web)

Tania (img web)
-Voces queriam que eu derrotasse um Titânico sozinho? Eu lhes dou a cabeça de Ariel, o profano de Nadal. So estou vivo graças a Nadael, filha de Tesadora, ao qual seu sangue esta em minhas veias e sua asa esquerda criou a armadura prateada que vocês viram.  
Maia, Tânia e Rita estavam recuperando seus sentidos. 
-Eu quero vocês trez limpas e prontas para eu cobrar meu tributo, logo mais.´- disse calmamente -
eu vou descansar um pouco em minha tenda. Meu Lord, com sua permissão.
Mcmonti assentiu. Fui para minha tenda cansado de comer e beber. Aos poucos as guerreiras tornaram a festejar mais animadamente que outrora. A noite era clara e estrelada, com a enorme lua cheia enfeitando o firmamento. Então eu avistei heeny. um bom presságio.                                                                                                                 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O BANQUETE.

Quando saímos da tenda, a noite começara e o cheiro fétido dos corpos das bestas tinham se atenuado, dando lugar ao aroma da carne assada de javali , lebres e  cervo. As iguarias estavam postas na parte central do acampamento. Havia uma grande fogueira no centro e as guerreiras estavam sentadas entorno da mesma. Em um raio de 800 metros doze guerreiras ficavam de sentinelas. Assim que nos avistaram, nos saudaram com o brado tipico das guerreiras.
-Meu Lord, o banquete esta praticamente pronto, qual é a próxima tarefa?- perguntou uma das lacaias.
-Estão dispensadas! -falou- Guerreiras! Silencio! O banquete que agora vamos nos fartar tem como objetivo abrir o ritual da vitoria! E o vitorioso é o nanico!
Praticamente todas cessaram de sussurrar e se fez silencio total. Eu não fazia ideia do que se tratava esse tal ritual, mas tinham impressão que as guerreiras estavam apreensivas. 
-Meu Lord! Peço sua atenção!- Gritou Maia. -O nanico não pode ser o vitorioso porque não é um de nós! Não possui seu sangue. Foi meu Lord quem criou as regras!
-Maia esta certa- disse Tânia , uma guerreira robusta de cabelos negros que poucas palavras trocou comigo, a maioria insultos!- Se ele não tem seu sangue e não é um de nós ele teria que derrotar um Titânico! 
-Sim, mas ele derrotou Lilith e Belzebu!- McMonti sorriu sabendo o porque das reclamações.
-O nanico não derrotou Lilith e Belzebu sosinho como reza a regra, meu Lord!- Prontamente Rita falou. Guerreira de cabelos de fogo e pele avermelhada. Como Tânia, nunca fora muito simpática com minha pessoa.
Eu não estava interessado nisso e ja estava com um pedaço de cervo na minha boca, devorando-o com gosto quando Lord McMonti sentenciou:
-Então eu escolho trez guerreiras para um duelo contra o nanico! Estão satisfeitas assim? Como vai ser? As trez ao mesmo tempo ou separadas?- McMonti tinha uma expressão divertida no rosto.
As guerreiras gargalharam estrondosamente.  Eu comia calmamente sem me preocupar. O vinho estava delicioso e eu agora comia um naco de javali.
-Pro nanico não precisamos ser tão severas! Pode ser uma de cada vez! -disse Maia- Não queremos machucar " o protegido de Sonja"! Todas guerreiras riram ao mesmo tempo.
-Então eu escolho Tamil, Cintya e Valkiria.- McMonti gargalhava estrondosamente. Ele escolhera quem lutara comigo em Sorobuk com a certeza de minha reação.
-Meu Lord, isso não seria justo-disse com dificuldade pois estava com a boca cheia de javali-visto que lutamos juntos e conheço seus estilos. 
-Muito justo.-ponderou o gigante divertindo-se- Deixarei tu escolher então nanico, afinal a surra sera sua!
-Eu escolho Tânia, Maia e Rita.-Falei espontaneamente- Mas afinal meu Lord, o que eu ganho se vence-las?
-O direito de copular com as derrotadas.- Mcmonti comeu uma lebre inteira com poucas dentadas- e se elas te vencerem podem copular contigo ou...castra-lo!
Isso não era nada bom. Mas eu realmente não estava preocupado, apenas com fome. Wanda preparava o terreno para o duelo enquanto Mirna me explicava as regras: 
- Bom nanico, o duelo só com bastões de madeira e punhos. Só termina quando um dos dois perder os sentidos ou desistir. Tua oponente não pode te acertar nos testículos e você não pode agarrar seus cabelos. O resto é livre. Quer parar de comer, isso pode te fazer mau com o duelo.
Brasão do Clã de McMonti (img web)

-Vou contar uma história antes-falei para Mirna- assim eu descanso um pouco.

O RITUAL DA VITÓRIA.

Ao chegarmos ao acampamento, uma lacaia venho correndo ao nosso encontro esbaforida: 
-Minha general! Minha general! - falava sofregamente- Lord McMonti quer ter com a sra. e o guerreiro novato com urgência!
-Acalma- te!- Disse Wanda- ja estamos indo ao encontro do Lord. Venha comigo nanico!
Rumamos para enorme tenda de McMonti, as pilhas de demônios queimando próximo ao acampamento iluminavam com lamparinas gigantes, porem o cheiro nauseabundo era algo sufocante! Desmontamos e  adentramos a tenda do gigante cimeriano, ele estava vestido com sua túnica negra comendo uma fruta nativa. Sua espada estava imaculadamente limpa, polida e afiada.
-Tenho noticias de Akinaton e Dùroses, filhos de Sonja: Samael recuou. Não sabemos por quanto tempo, mas seus demônios ainda estão nas terras do vale da morte, a seis dias de cavalo daqui.
Mcmonti olhava para um mapa caprichosamente desenhado em linho sem nos encarar, absorto em seus pensamentos.
-Qual é suas ordens meu Lord?- disse Wanda. Ela perguntava por respeito, sabendo-se que Wanda era a estrategista do Clã das guerreiras de McMonti.
-Esperar. Reagrupar e fortificar.- ele não tirava os olhos do mapa.
-Precisamos de muitas setas, essas bestas dos infernos são muito resistentes!- deixei escapar sentindo o olhar de Wanda me fuzilar.
-Eu ja dei ordens para os lacaios produzir setas e lanças! O resultado do rescaldo e promissor!- McMonti me encarou com naturalidade, mas admirando minha nova armadura- Gostei da armadura, Nadael continua me surpreendendo com as suas habilidades!
Como ele sabia de Nadael eu não fazia ideia, mas Wanda estava estupefata! 
-Feche a boca Wanda!- falou McMonti sorrindo- te disse que o nanico era o escolhido de Sonja!
-A tua Armadura foi feita por Nadael de Tesadina? - Tocou minha armadura incrédula- as meninas ja me disseram da espada da Tesadora! Mas não sabia sobre a armadura!
-Conte a todas hoje a noite, nanico!- Mcmonti sorria como uma criança- por hora vamos nos assear e aprontar nossas peças de guerra! Tu ficas comigo nanico, e Wanda, Providencie um belo banquete para logo mais! Teremos o ritual da vitória hoje!
-Sim meu Lord!- Wanda assentiu e saiu da Tenda para iniciar os preparativos do ritual.
Eu me despi e mergulhei na enorme tina enquanto as lacaias me asseavam e a McMonti ao mesmo tempo. 
-Aknaton e D`roses trouxeram esta túnica, vista-a- disse McMonti. A túnica era preta e branca, com bordas em dourado e com a tira unica para ombro direito, magnifica!
McMonti contou-me como fora a batalha em sua posição com alegria, e revelou que o plano de Wanda foi certeiro, dividindo as forças de Samael e atacando os Alados em Sorobuk, Samael viu-se obrigado a mandar Lilith e Belzebu para minha posição. Um tanto arriscado, por isso enviou Gurko e Valkiria!
-Só não imaginava que Sonja enviaria Tesadora! Tu és realmente o escolhido de Sonja!
Terminamos o banho e ajeitamos as peças de guerra. Mcmonti admirou o escudo e a espada de Tesadora com muito interesse.
-Que peça magnifica! -Ele disse entre um gole de vinho, analisando a espada de perto- tanto o escudo como essa espada são ótimos presentes! 
-Um completa o outro e armadura agora nos da uma grande vantagem!- disse animadamente bebericando vinho.
Wanda (img web)

Maia (img web)

Valkiria (img web)
-Sem dúvidas! As lacaias terminaram de polir as nossas peças de guerra! Vamos ter com as guerreiras! O ritual esta para começar!

domingo, 7 de outubro de 2012

SAMAEL RECUA.

Despertei sufocando-me nas águas límpidas do rio Ushoy. Respirei fundo. O ar queimava meus pulmões. O final da tarde se aproximava , com o céu sem nuvens e de um azul celeste magnifico.
Cheguei a margem do rio totalmente nu e extenuado. Tombei na areia fofa da praia imaginando que tudo não passara de um sonho...na verdade um maldito pesadelo:
- Por Sonja! Que pesadelo medonho!- balbuciei notando que minha montaria pastava placidamente
a alguns metros.
Me ergui procurando minhas vestes e o que restara da minha armadura não avistando nada em lugar algum. Entao meu sangue gelou nas veias: A alguns metros da margem avistei o corpo decapitado de Ariel , o profano de Nagal, inerte próximo a espada sagrada de Tesadora. Meu escudo estava  a uma centena de metros a esquerda do cadáver, que era devorado por insetos.
-Então não foi pesadelo nenhum! Venci Ariel com meus punhos!- considerei em meus pensamentos. Peguei o escudo e a espada e me desloquei em direção a montaria absorto em meu pensamentos quando notei que ao meio do leito do rio Ushoy, algo estranho estava acontecendo:
As águas estavam revoltas, criando um turbilhão violento. Faixo de luz apareceram vindo das profundezas do rio, criando um espectro de luzes e cores magnificas!
Surgiu do redomoinho uma criatura angelical, entorno de uma áurea magnifica. Era alada, porem sua asa esquerda fora decepada! A visão estonteante daquele ser de luz, me petrificou. Ela flutuava nas águas límpidas do rio vindo em minha direção. Sentia o seu perfume cálido e angelical 
penetrando minhas narinas, causando-me uma paz interior jamais sentida antes. 
" Tu que derivas do segundo nome de Samael é o escolhido de Sonja e Tesadora. Tens meu sangue em suas veias, pois honraste  a espada de minha mãe derrotando o profano de Nagal. Para
impedir a tua partida do mundo humano, sacrifiquei minha liberdade de passear no firmamento com meus queridos amigos alados. O sangue de minha asa esquerda de deu uma nova vida, mas cobrara um tributo e um fardo."
Nadael, esse era seu nome, falava-me sem mover os lábios ou emitir o som de sua voz. Eu escutava o seus pensamentos em minha mente, parecia ouvir uma musica angelical ao fundo do bosque.
" defenderas o mundo livre com o grande Cimério ate chegar o momento da verdade do Supremo. Eu, Nadael de Tesadina, filha da grande Tesadora , do sangue da Deusa Sonja, te dou outro presente:  Nadak, a armadura feita de minha asa esquerda! Ela te protegera contra as batalhas do renegado do Supremo. "
Senti seus lábios sagrados tocando minha face direita.
" Lembre-se: o segredo da vitoria não esta no passado ou no presente. Não esta no futuro. Esta no Presente!"
Ela desapareceu. Do turbilhão das águas surgiu Nadak, a armadura suprema de Nadael! 
Toda prateada com o brasão de Sonja e Tesadora no peitoral, com elmo semelhante ao de Tesadora, a peça era magnifica!
Fui busca-la a margem e notei meu reflexo nas águas e pasmei com que via: Meu corpo estava robusto e sem nenhuma cicatriz. Tive a impressão que estava mais forte, mais saudável que outrora. Vesti a armadura que se moldou ao meu corpo com perfeição. A vestimenta era muito leve e confortável. A bainha da espada era presa a minhas costas e o escudo também poderia se afixar por cima da bainha, próprio para longas viagens.
Coloquei a cabeça de Ariel em um saco de feltro e amarrei a montaria. Cavalguei rumo ao acampamento e meio caminho andado avistei Mirna, Wanda , Cintya e as gêmeas vindo ao meu encontro montando suas feras domesticadas.
-Por Sonja nanico!- Disse Wanda- por onde andava? Pensei que tivesse desistido de nós!
-Mas que bela armadura!- admirou-se Cintya- De onde roubaste?
-Conto mais tarde, por Tesadora! Eu poderia comer um cavalo! Estou faminto!- falei alegremente.
-Acho que não teremos muito tempo para banquetes- disseram as gêmeas- a próxima batalha se aproxima!
-Eu acho que Samael vai dar uma trégua por hoje!- falei com firmeza acariciando o saco onde estava a cabeça de Ariel- Ele teve trez grandes perdas hoje. Vai reagrupar e esperar o momento certo para novo ataque.
-Que Sonja te ouça! Vamos preparar um banquete para comemorar esta batalha:  3 mil demônios tombados contra nenhuma baixa! 
-Tens razão Cintya- disse Mirna- temos que comemorar o feito! 
Galopamos animadamente para o acampamento de McMonti. O rescaldo da batalha terminara. Pilhas de corpos de demônios eram queimados pelos lacaios.
Wanda (img web)

Nadael de Tesadina (img web)

Sheeny (img web)
O crepúsculo começa aparecer no horizonte. Eu não conseguia tirar da mente Nadael e o que ela me dissera. O mesmo que aquela bruxinha Celta me disse no sope de Sorobuk: " A vitoria não esta no passado, presente ou futuro...e sim no presente!"

sábado, 6 de outubro de 2012

EU ME TORNEI UMA LENDA

A luta prosseguia feroz. Ariel alucinado, me golpeava freneticamente, não me dando trégua.
Com um golpe do seu corpo de serpente, me tombou ao solo,  me deixando aturdido.
- Morra verme humano!- vociferou Ariel.  Desferiu um golpe com sua espada que por pouco não decepa meu braço direito. Conseguindo me erguer novamente, me postei em seu flanco esquerdo
ao qual era defendido por sua espada. 
Ariel prosseguia com seus ataques vigorosos sem dar tréguas. Defendia-me e atacava com agilidade, mas não o conseguia feri-lo de forma nenhuma. 
-Maldito demônio!- Pensei alto- Parece que lê minha mente! Ariel deu uma gargalhada estrondosa. Foi então que soube que a besta de alguma forma lia meus pensamentos e previa meus movimentos.
-O que foi verme humano? Não esta mais tão confiante em sua espada agora? Onde estão suas Deusas agora?- Ariel zombava. Eu por um segundo me descuidei e a espada dele cortou o que restava de minha armadura, deixando-me de peito nu.
Mais um golpe com seu corpo de serpente e eu estava novamente ao solo, desta vez sem minha espada que caíra a alguns metros a esquerda.
Golpeando meu escudo com violência  Ariel ganhava terreno com seu corpo me envolvendo pelo flanco, até por fim me enlaçar com sua calda.
-Por Sonja!- exclamei surpreso. Ariel me ergueu com extrema facilidade na altura de seus chifres, com olhar de vencedor...Confiante em sua vitoria.
-Seu fim esta próximo, verme! Nem Sonja ou Tesadora irão te salvar! - disse-me com deleite sincero. Eu estava preso pela perna direita, de cabeça para baixo , sem a espada e a merce do golpe final. Ariel golpeou e defendi com o escudo. Uma...duas... três vezes! Isso o deixou muito impaciente,  de tal forma que ele atirou seu escudo ao solo para poder arrancar meu escudo e liquidar o embate de uma vez!
Quando Ariel agarrou a borda do meu escudo, algo de mágico aconteceu: Imediatamente apos agarra-lo , fileiras de dentes serrilhados apareceram de toda a borda do escudo decepando parte de sua mão e todos os seus dedos!
A besta urrou de dor me jogando ao solo com violência, quebrando minhas costelas.
A dor que eu sentia era intensa e agonizante. O sangue brotava de minha boca e nariz e eu tinha a visão turva.  Me ergui cambaleante, respirando com dificuldade, procurava minha espada que estava a alguns metros da onde eu estava.  Meu escudo pesava demais naquele momento e eu o deixei cair quase ao mesmo tempo que o meu corpo tombava novamente. Via a espada a alguns metros...muito perto...porem...muito longe!
Senti que Ariel me agarrava novamente pelo tornozelo... sua mão decepada se regenerava rapidamente!
- Não sera desta vez que presentinhos de Sonja iram me derrotar verme!- a besta gracejava.
Faltava meio metro para eu alcançar minha espada quando Ariel me arrastou de volta para a mesma situação: La estava eu de cabeça para baixo, com Ariel me segurando pelo tornozelo, desta vez com sua mão.
Ele segurava sua espada profana pronta para me decapitar, quando sem pensar, agindo por estinto, suportando a dor insuportável ,  joguei meu corpo com violência em sua direção segurando-o pelos cornos ao mesmo tempo que desferia cotoveladas em seu focinho medonho!
Eu escutava os ossos do seu focinho quebrar, e não suportando mais a dor Ariel largou meu tornozelo. Imediatamente girei o corpo e cruzei minhas pernas por traz de seu tórax e fechei a tenaz com meus braços em torno do seu pescoço, apertando com toda a força que me restara!
Ariel se debatia ferozmente. Eu sentia minhas costelas quebradas perfurando meus pulmões.
Ariel me atingiu com
 uma cabeçada que quebrou meus dentes e cortou-me minha boca profundamente...mas não desisti. Continuei apertando...apertando...ate que Ariel o profano tombou ao solo.  Seu corpo de serpente se contorcia e eu sabia que era só questão de tempo ate ele se recuperar...sabia o que tinha que fazer mas minha espada estava a margem do rio...a uns 20 metros...! Eu não demoraria muito ate perder os sentidos.
-Só mais um pouco...mais um pouco!- pensava agonizante.
Escutei um rugido surdo...Ariel estava acordando e seria meu fim pois eu me arrastara pouco mais de um metro em direção da espada de Tesadora, agora minha espada. Estiquei o braço o máximo que pude tentando... arrastar me... sentia que a besta acordara e deveria matar-me em poucos segundos...era meu fim.
Não posso afirmar com clareza se foi alucinação devido a agonizante dor que eu sentia ou se eu apenas imaginava que a espada estaria tão longe. O fato é que a espada apareceu em minha mão de ataque e ao mesmo tempo que eu via a sombra de Ariel crescer por traz do meu corpo, eu desferi um golpe certeiro em seu peito, cravando a espada profundamente em sua carne vermelhada. Ariel chegou a agarrar me pelos ombros, urrando de tal forma que quase me estoura os tímpanos  Retirei a espada do seu peito e com o pouco da força que restara, eu o decapitei de um só golpe. Com espasmo do seu corpo de serpente, Ariel me jogou próximo as margens do rio Ushoy quebrando meu braço e nariz. Vi a besta se contorcendo dantescamente, não muito longe de sua cabeça, até cessar todo e qualquer movimento.
-Eu venci !- constatei - Entrego-me a ti Sonja...Tesadora...eu fiz meu melhor!
Podia sentir as águas do rio molhando minhas pernas. O cheiro da água era muito agradável.
Via o firmamento escurecido pelas nuvens negras pouco a pouco clareando, dando espaço para um azul brilhante e celeste. Apesar de todos os meus ferimentos eu não sentia mais dor, nem meu corpo fraturado. Via criaturas aladas de uma beleza indescritível! Escutava agora os pássaros  os insetos...toda a fauna e flora! Meu corpo flutuava agora pelas águas do rio Ushoy ao sabor da correnteza...então Sonja e Tesadora me enviaram suas fadas...seus anjos! 
Fadas Sonja (img web)

Fadas Tesadora (img web)

O sacrificio de Nadael (img web)
Elas me curaram meus ferimentos...minhas cicatrizes...e foi dai que eu me tornei uma lenda...me tornei não apenas um guerreiro, mas um guerreiro que matou Ariel, o profano de Nagal!
Um guerreiro ungido pelo sangue da asa esquerda de Nadael , a filha de Tesadora!

domingo, 30 de setembro de 2012

O DUELO NAS MARGENS DO RIO USHOY.

Despertei de sobressalto com um toque suave em meus lábios. Não havia ninguém.  Foi quando notei o silencio sepulcral quebrado apenas pelas águas do rio. Tive um péssimo pressentimento e vesti o que restava da minha armadura com brevidade. Sentia que não estava só, e  que o quer estivesse ali me espionando não era defensor do mundo livre. Quando peguei meu escudo, notei que meus temores tinham fundamento: O brasão do meu escudo, o pentáculo , pulsava com aquela luz azulada! 
Coloquei meus braceletes e com a espada de tesadora em punho procurava minha montaria que sumira. Escutei um rugido surdo, mais parecido com um rosnado...parecia que vinha em todas direções.
-Aquele que o nome deriva de Samael, prepara-se para morrer!- disse uma voz gutural. 
Sabendo que Samael era também conhecido como Luciferus, me postei com as peças de guerra a espera de um iminente ataque.
O som de arvores quebradas e arrancadas se fazia escutar vindo em minha direção e então surgiu diante de min, Ariel, o Profano! Com sua forma medonha meio serpente, meio humano. 
-Que os raios me partam!- exclamei petrificado ao ver o próprio profano diante de min.
Ariel estava com sua espada demoníaca e com um escudo soberbo, com seu brasão obsceno. 
--Então mortal, Prepara-te para uma morte vagarosa e cruel! -zombou com peculiar sorriso dos obscenos.
Embora eu sentia seu enorme poder, Ariel era um pouco maior que McMonti, de um vermelho infernal. Dava para sentir seu cheiro nauseabundo de enxofre e morte tomando o ar em volta!
- Vais ter o mesmo fim que teu irmão espúrio, miserável!- gritei.
O monstro avançou golpeando-me com firmeza sucessivamente, tirando línguas de fogo de meu escudo. Defendia-me com precisão e atacava-o com sequencias de golpes que ele defendia, ora com sua nefasta espada, ora com seu escudo. O duelo persistiu por duas horas sem que nem eu e nem Ariel obtivesse exito em magoar um ao outro. 
Apos uma sequencia de golpes e defesas, Ariel se afastou por um momento e disse-me:
-Então tu és o verme humano protegido de Sonja! Usa o Brasão Dela em seu escudo. Mas a espada que ela te deu quebrou-se nos cornos de Belzebu! Como pode essa espada aguentar meus
golpes?
Ariel, O profano.( img web)
- Porque essa espada e de Tesadora, A própria irmã de Sonja! - Falei sorrindo- em breve a teras fincada em sua carne pútrida, besta maldita!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

NASCE UMA LENDA.

Eu me arrastei até o lado do plato que dava a vistas a posição de Lord McMonti e avistei uma cena extaordinaria: corpos e mais corpos de demônios e hediondas criaturas amontoava-se um por cima de outros, com focos de incêndios aqui e acola. A formação defensiva se desfez em organizados focos de guerreiras para amparo mutuo e rescaldo de batalha.
-Que Sonja me carregue...-balbuciei pensativo. Tamil e Cintia amparava as gemeas e Valkiria enquanto Gurko aproximava-se da minha posição.
-Por hora teremos uma trégua. Agora eles sabem da nossa força...e de nossas fraquezas também!-Disse-me ao mesmo tempo que soou o toque combinado para reagrupar nossas posições.- Deixemos Sorobuk. Temos pouco tempo para nos agrupar até o próximo ataque!
Fui ate o tumulo de Tesadora e fiz uma prece agradecendo sua força. Descemos a colina em silêncio, absorto cada um em seus pensamentos. Nossas montarias foram atacadas pelos alados e tivemos que seguir a pé ate a posição de McMonti.  Pouco mais de meio dia tinha se passado quando entramos no acampamento de guerra e avistamos Lord McMonti sujo, ensanguentado, sorrindo e tomando vinho!
-Demônios de merda!- gargalhava o gigante- Muita sujeira para nada!
 -Valkiria! Tamil! Voces conseguiram!- gritou Mirna- Minhas irmas! -Todas se abraçaram e foram para a tenda de Wanda tagarelando animadas. Gurko estava com McMonti tomando vinho conversando reservadamente.
Eu me encontrava novamente só e muito cansado. Sem dizer nada peguei uma montaria qualquer e  galopei rapidamente ao rio ushoy. Desmontei e me despi com avidez me jogando no rio de águas frias. 
Meu sonho( img web)

Fada em sonho (img web)

O descanço do guerreiro.(img web)

Sonhos meu. (img web)
Os ferimentos em meu corpo ardiam, tudo era só dor.  A água do rio me limpava e dava-me muito prazer e conforto. O céu estava escurecido com nuvens negras. Não havia uma brisa se quer... e...nem um som. Apenas o som das águas correntes do rio se fazia escutar. Adormeci profundamente. Eu sonhei com um mundo livre melhor...perfeito!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A ESPADA DE TESADORA.

Espada  sagrada (img web)

Samael. (img web)
As bestas se erguiam das poças de sangue vagarosamente. Por ironia de Belzebu, eram fêmeas! Eram de um total de 100 criaturas , da estatura de Gurko, avidas e... sinistras! Belzebu estava bem menor, com no máximo 10 de atura, parecia muito fraco e ficara imóvel, apenas observando suas crias surgiram do seu sangue. - As bestas estão desarmadas! -disse Tamil. - Isso pode ser um problema...- Resmunguei para ela. Foi então que as primeiras criaturas avançaram contra nos, com uma velocidade surpreendente. Duas criaturas derrubaram Tamil e Valkiria com grande rapidez, me deixando perplexo e as gêmeas foram em sua defesa com suas espadas.  Eu lutava com outras duas criaturas ferozmente e não conseguia exito em acertalas , tamanha era sua agilidade. Suas garras acertavam meu escudo produzindo línguas de fogo, que fagulhavam por todos lados e ora rasgavam minha armadura.  Gurko conseguira acertar duas criaturas com suas espadas a duras penas. A solução foi das gêmeas! Por serem irmas de sangue idênticas, elas tinham como aspecto singular de pressentirem uma a outra. Como lutavam em dupla não demorou para abater duas bestas com suas espadas. - Em duplas!- gritei- Gurko fique comigo e Valkiria! Lutamos assim, e abatemos uma apos outra criatura. Meu elmo foi arrancado novamente, e minha armadura estava em frangalhos, assim como a de todas as guerreiras. Belzebu estava imóvel, seu tamanho era pouco mais do que Gurko. Estávamos sem forças. -Vamos terminar com isso, antes que essa besta nos cause mais problemas! -disse Cintya ofegante.  Eu não tinha mais forças, mas sabia que Cintya estava certa, esse era o momento. - Eu vou, eu tenho o escudo!- Balbuciei- fiquem por perto para me ajudar, to sem folego! Avancei arrastando a espada pelo chão e com escudo a meia guarda, observando a criatura com atenção. Belzebu me acompanhava com os olhos  rosnando. " Essa coisa deve estar mais fraca, diminui tanto!" Pensei. Com um rugido estrondoso, a fera partiu para o ataque ágil como uma serpente acertou-me com seus cornos bem no escudo me atirando a metros de distancia. Valkiria e Cintya o atacaram e foram repelidas com golpes de suas garras tombando em seguida. Gurko foi para o ataque com Tamil e o acertaram em seu Ventre, fazendo a fera urrar. Tamil atacou a fera mais uma vez, mas Belzebu se esquivou acertando-a com a cauda quebrando suas costelas. Gurko ergueu sua espada para dar um golpe certeiro na besta, mas ele bloqueou com seus cornos atingindo Gurko com suas garras, arrancando sua armadura de todo. Gurko só nao foi aniquilado porque as gêmeas atacaram simultaneamente. Me ergui cambaleante, com a visão meu turva e vi quando as gêmeas foram jogadas longe com um ataque de Belzebu. Minhas irmas de batalha estavam tombadas, inertes...agora, só restava eu!  "Que assim seja!" pensei, " Se eu tombar, que Sonja te devolva pras profundezas do inferno, miserável! "  Disparei para o ataque, e sofri outro golpe que aparei com escudo com tremendo esforço. Lutamos. Foi uma eternidade para min, caindo me levantando e caindo novamente. Decepei a calda de Belzebu fazendo a criatura urrar de tal forma, que foi escutado em todos os 5 reinos! Em uma nova investida, cortei um de seus cornos, mas...minha espada quebrou ao meio! Fiquei postado na frente de Belzebu com o toco da minha espada na mão sem saber o que fazer. Belzebu acertou um coice que aparei no escudo, porem me atirando longe. Meu escudo se desprendeu e sentia muita dor em meu braço. Eu me arrastava sem saber o que fazer enquanto Belzebu, ferido, caminhava lentamente em meu encontro. Me arrastava de dorso com os olhos fixos na besta ate que bati em algo. Eram o tumulo de Tesadora! Lembrei de sua espada e me ergui de imediato, rezando para que espada sagrada da Deusa Tesadora se desprendesse do tumulo. Ela se desprendeu com facilidade. Mal podia erguela, devido a dor intensa do meu braço quando vi uma espada atravessar a besta. Era Gurko. Depois outra espada atravessando Belzebu que apenas grunhia. Era a espada de Valkiria. Mais outra, dessa vez de Cintya. Mais trez espada atravessaram o ventre da besta, fazendo com que as gemeas e Tamil deixassem sua marca. Corri em direção de Belzebu com todas as forças que me restara. Com um salto, decapitei a besta caindo próximo a Tamil e Cintya. Lentamente a cabeça de Belzebu se desprendeu do corpo caindo a sua esquerda. O corpo da besta tremia e se contorcia. Gritos, uivos e urros explodiam deixando-nos aturdidos. Uma ventania seguida de raios que rasgavam o céu com estrondo apocalípticos nos davam a sensação que nosso mundo acabaria a qualquer momento!  Samael surgiu das trevas. Nos fitava um a um, sem dizer nada. A criatura era magnifica. Sua estatura era a mesma que do McMonti, mas seu poder era indescritível. Sentíamos mesmo estando a uns 40 metros de distancia. Sua armadura era aterradora.  Com um movimento rapido empunhou sua espada, efetuando movimentos em forma de uma cruz invertida. Todas as criaturas mortas por nos se dissolveram em uma nevoa escura e fétida. A escuridão era total, embora o dia tivesse pela metade. Os raios ainda rasgavam o céu por todos os cantos, porem , a ventania diminuíra de intensidade. - Se agrupem!-Resmunguei cambaleando pegando meu escudo. As guerreiras estavam seminuas com suas armaduras em frangalhos. Onde Belzebu quedara só restara as espadas que estavam cravadas em seu corpo. Tamil, Gurko e Valkiria mal podiam se erguer. Cintya e as gêmeas estavam se arrastavam. Coloquei-me em posição de batalha com meu escudo e com a espada de Tesadora e me aproximei vagarosamente de Samael, apesar dos protesto das guerreiras. Samael me fitava com uma expressão divertida e de puro desdenho. - Tu sabes quem sou eu? - A voz de Samuel era clara e de uma certa forma suave. - Um inimigo do mundo livre.-disse quase sussurrando.- Nao. Eu sou o descobridor desse mundo, ao qual nosso criador me tirou. Tudo que esta nele me pertence. Menos a escoria humana. Voces humanos são fruto de uma diversão do Criador ao qual Ele já se cansou. -Samael guardara sua espada e cruzara os braços. Eu sentia seu poder enorme. - Se Esse tal de Criador ja se cansou de nós, por que estamos ainda aqui? Por que ainda lutamos por um mundo livre? - Eu disse.  Samael deu de costas e caminhou alguns passos a frente. Virou-se e disse-me: - O Criador tem seus caprichos. Mas por quanto tempo voces lutaram? Essa guerra ja esta vencida, e não por  voces humanos. Voces seguidores de Sonja são um punhado de sonhadores que terminaram como outros antes de voces, extintos. - Bem, Se tu tem tanta certeza, Por que acabar com os 5 reinos? Ja que vamos ser extintos, por que se intrometer? -indaguei com certo sarcasmo. -Nao me desafie, tu que deriva de meu outro nome!- Samael me fuzilou com seu olhar- Sonja não vai te proteger para sempre. De um recado para ela: Esse mundo é meu, não importa o que Ele diga! Eu vou acabar com voces! Mais cedo ou mais tarde, e tu...Vais morrer! Como aquele único descendente dos titânicos. Lembre-se sempre: esse mundo é meu! Em uma nevoa escura e sufocante, Samael partira. O céu clareava aos poucos. Fui ao encontro das guerreiras pensativo. - Teu escudo nanico, nao ta mais brilhando!- Falou sheeva. Notei que o mesmo nao pulsava mais a luz. A algazarra na posição de Lord McMonti cessara.  No momento, eramos vencedores da segunda batalha entre o Mundo livre e as forças de Samael. Quando teríamos Paz?